III.15.

Conclusão final.

Este é o testemunho de Raissa Maritain sobre o que ela encontrou na Universidade de Paris no início do século XX. Isto que ela ali buscava, algo que estava inteiramente fora das cogitações por parte dos professores daquela Universidade, isto mesmo entretanto tinha sido o objetivo perseguido pelos professores daquela mesma Universidade quando lá ensinavam nos séculos XII e XIII Hugo de São Vitor e Santo Tomás de Aquino. Raissa Maritain tinha se dirigido ao lugar certo, mas com sete séculos de atraso.

Que são, porém, suas palavras, senão um testemunho vivo de nosso século XX de que a contemplação não é um fenômeno cultural restrito a tal ou qual civilização, mas uma aspiração profunda da natureza humana; algo, no dizer de Raissa,

"a que aspiramos antes,
depois e acima
de qualquer conhecimento
das ciências particulares?"

E de cujas palavras se deduz ser também o fim último da educação, pois não foi senão à Instituição que era o vértice do sistema educacional do mundo da época que Raissa se dirigiu como ao lugar mais óbvio quando quiz satisfazer a esta mesma aspiração.