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Conseqüentemente, não ouçam histórias da carochinha.
"Fulano - diz - amou fulana. O filho do rei e a filha caçula
fizeram isso". Nada disso devem ouvir. Ouçam outras histórias sem
tantos rodeios, com toda simplicidade. Podem, efetivamente,
contá-las os escravos ou os acompanhantes. Não todos, pois não se
deve permitir a todos os escravos misturarem-se com as crianças.
Brilhantes hão de ser, como quem se aproxima de uma estátua
brilhante, os que nos ajudarão nessa arte. Se fossemos arquitetos e
tratássemos de construir um palácio para o imperador, não
deixaríamos que todos os escravos, sem mais nem menos, pusessem as
mãos na construção; não seria, pois, absurdo que, quando
fundamos uma cidade e queremos formar cidadãos para o imperador
celeste, encomendemos a obra a todas as pessoas? Não. Tomemos como
colaboradores na educação dos filhos aqueles escravos que sejam
proveitosos. Se não há nenhum, paga remuneração a um cidadão
livre, que seja homem virtuoso, e a este encomenda toda a obra, este
seja teu colaborador.
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